domingo, 9 de outubro de 2011

O Pós-guerra e a Sociedade das Nações


A 1ª Guerra Mundial, 1914 a 1918, ocorreu principalmente para impedir a Alemanha de controlar e apoderar-se da Europa, para tal os povos tiveram de se ajudar mutuamente, formando duas alianças, as Potências Centrais (a favor da Alemanha, ao qual se juntou o Japão para proteger o seu regime totalitário) e a Tríplice Entente (contra a Alemanha). Com o fim da guerra a Europa a primeira tarefa a realizar era restabelecer a paz, e para tal os países vencedores uniram-se para efetuar tratados de paz, os quais deveriam ser assinados pelos vencidos, que não estavam presentes nas negociações. Entre os diversos tratados (como o Tratado de Saint-Germain-en-Lay com a Áustria, o Tratado de Neilly-sur-Seine com a Bulgária, o Tratado de Trianon com a Hungria e o Tratado de Sèvres com a Turquia), o mais importante foi provavelmente o Tratado de Versalhes, saído da Conferência de Paz de 1919, no qual a Alemanha foi praticamente a única a ser severamente penalizada, sem estar presente, o que provavelmente foi uma das causas para alguns dos seus atos posteriores. Algumas das penalizações que a Alemanha teve foi a perda das colónias, de parte do exército, das frotas, da artilharia, entre muitas outras.
Através dos tratados de paz, os impérios ditatoriais desmembraram-se e passaram a ter políticas mais democráticas (democracias representativas ou sufrágio universal) Os povos ganharam autodeterminação, formando novos Estados, provenientes de grandes impérios. Contudo, alguns dos problemas originários ou anteriores à guerra não conseguiram ser resolvidos através dos tratados: os países vencedores queriam manter a paz, mas ao mesmo tempo defender os seus próprios interesses, o que criava alguns conflitos; a ânsia do nacionalismo levou a revoltas, principalmente nas nações que foram divididas e que reivindicavam pelo seu país, o que levava muitas vezes a regimes ditatoriais; entre outros problemas.

Sociedade das Nações
O presidente Wilson (EUA), na Conferência de Paz de 1919, desempenhou o papel de árbitro, fazendo prevalecer a «new diplomacy». Ele ambicionava criar uma organização mundial que fosse ao encontro de um «world safe for democracy» (um mundo no qual a segurança permitisse o desenvolvimento das democracias).
Assim, no decorrer das conversações de Paz do Tratado de Versalhes, enquanto tentavam solucionar os problemas das nações, criou-se a Sociedade das Nações (SDN – abril de 1919), esta tinha como dever manter a paz e a segurança dos Estados, e estimular a colaboração financeira, sociocultural e económica entre os Estados-Membros.
Porém, os tratados saídos da Conferência de Paz eram extremamente frágeis, pois incidiam em pontos que os países vencedores não estavam dispostos a cumprir, apesar de os assinarem. O presidente Wilson opôs-se às emendas que queriam introduzir no Tratado de Versalhes, fazendo com que os EUA nunca aderissem à SDN, tal como outros países que tal como ele não estavam satisfeitos (Portugal, Itália…). Assim a SDN não ineficaz para evitar novos conflitos.

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