terça-feira, 25 de outubro de 2011

Movimentos Feministas

Até ao século XIX a posição da mulher pode ser definido por:
·         Nas sociedades europeias pré-industriais, era vista como alguém que precisava da proteção e tutela do homem (qualquer coisa que ela quisesse fazer necessitava da autorização do homem encarregado, toda a sua riqueza passava sempre para o marido e, em caso de morte, a família do homem prevalecia sobre a mulher);
·         Com a industrialização, passou a ser utilizada como mão de obra mais barata que os patrões exploravam, levando ao desemprego masculino e à marginalização.
Esta exploração feminina do trabalho passou a ser uma das características sociais do século XIX. No entanto, a partir desta necessidade de ocupar o lugar do homem, a mulher passou a ter maior noção das suas capacidades, começando a lutar pela sua independência e pelos seus direitos. Começou assim a luta pela emancipação das mulheres. Deixou de depender totalmente do homem e passou a sustentar-se sozinha, lutando pelo direito ao voto, igualdade de direito e liberdade, assim como o sufrágio universal. Em 1918, as mulheres inglesas com mais de 30 anos tiveram direito ao voto, mas apenas dez anos mais tarde este foi concedido a todas as mulheres com mais de 21 anos.
A 1ª Guerra Mundial trouxe para as mulheres grandes benefícios, porque deu-lhes a oportunidade de se mostrarem, pois passaram a estar presentes em todos os setores da atividade económica e social.
A emancipação da mulher refletiu-se também na moda: as saias mais curtas e direitas, cabelo curto, generalização do soutien, utilização da saia-calça, entre outras. Tudo isto apenas surgiu para dar À mulher uma maior liberdade de movimento, para a prática de desporto e no trabalho. Além disso, com a sua entrada no mercado laboral, ela alterou os seus comportamentos sexuais (controlo da natalidade), generalizando o uso da pílula. As alterações não foram só na quantidade de filhos mas também na sua forma de educação (igualdade entre os filhos) melhorando as condições de vida e alterando a noção de família.
Os valores familiares, que se focavam no casamento arranjado (de acordo com o prestígio), no aumento do património e no sucesso dos filhos, foram mudados. O casamento passou a ser por amor, o médico e o psicólogo substituíram o padre, entre outros. Todas estas alterações contribuíram para a crescente laicização das sociedades ocidentais, que também se fez sentir em Portugal.



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