sábado, 11 de dezembro de 2010

Revolução Agrícola e Industrial em Inglaterra

Para melhorar o seu comércio interno, antes de tudo foi necessário a Inglaterra desenvolver a sua agricultura, assim se deu a Revolução Agrícola. Esta revolução teve por base as inovações feitas na agricultura que são o sistema quadrienal de rotação de culturas (que veio substituir o anterior sistema trienal), o aumento das áreas cultivadas (com recurso a terrenos baldios, aos arroteamentos e às drenagens de zonas pantanosas), o emparcelamento de terra e as vedações (enclousures - com as vedações deixaram de ser necessários tantos homens a guardar o gado, que depois vão para a cidade, e ao mesmo tempo as vedações também protegiam as culturas dos animais), a selecção de sementes, a mecanização (máquina de semear, entre outros) e o aumento da criação de gado (que fornecia lã, carne e adubo). Consequentemente, estas inovações levaram a uma melhoria da produtividade e da produção agrícola, o que fez com que passasse a existir uma melhor alimentação, mais racional e variada (recurso aos cereais, batata e carne).
Os progressos na alimentação em conjunto com os avanços medicinais e com a maior preocupação higiénica fizeram com que houvesse uma diminuição das taxas de mortalidade. Por outro lado, as transformações agrícolas e industriais e a descida da idade média do casamento levaram a um aumento da taxa de natalidade. Ou seja, deu-se um crescimento demográfico da população. Esta expansão demográfica foi acompanhada por um incremento da urbanização (desenvolvimento e crescimento de condições nas zonas urbanas). Na verdade, na década de 1840, a percentagem de população urbana já ultrapassava a rural, em Inglaterra, enquanto que noutros países a população urbana era inferior a 20%. Obteve-se também um alargamento dos mercados internos. Os mercados passaram a estar abertos semanalmente e foram abertas lojas. Com a expansão demográfica e o alargamento de mercados verificou-se uma acumulação de forças produtivas (mão-de-obra + capitais + matérias primas).
Tudo o que foi aqui referido com os progressos técnicos, a revolução dos transportes (para melhorar o comércio internacional) e a industrialização (maquinofactura) deu origem á Revolução Industrial, que teve como sectores de arranque a indústria têxtil e a metalurgia.
A Revolução Industrial deu origem a alterações no sistema de produção (fábricas, maquinofactura, operários, divisão do trabalho, produção em série) e a modificações na paisagem (lixos e desperdícios industriais, ruído intenso do trabalho das máquinas, fuligem e pó de carvão existente no ar).

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