terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Revolução Francesa

Em 1789, os princípios liberais foram alcançados na França, originando a maior de todas as revoluções liberais, pelo facto de ter dado origem a grandes modificações na Europa e a várias revoluções na mesma. Esta revolução tanto teve momentos radicalistas (no início) como moderados (nos finais) durante o seu procedimento (de 1789 a 1804).
Como disse anteriormente, a Revolução Americana influenciou a Revolução Francesa. Para ser mais correcta, a Revolução Americana foi uma das causas da Francesa, no entanto não foi a única, também esteve nas suas causas a crise social e económica vivida no país. A nível social o povo queixava-se essencialmente das grandes desigualdades sociais. O Clero e a Nobreza (os privilegiados), que constituíam apenas uma minoria da população, possuíam mais de metade das propriedades agrícolas, estavam isentos do pagamento de impostos e ocupavam os cargos mais importantes. Por outro lado, o Terceiro Estado, que constituía a esmagadora maioria da população, era quem mais trabalhava, vivia sobrecarregado com impostos e rendas e não lhe era permitido ocupar cargos de relevo nem possuir propriedades.
Depois, a crise económica (a principal causa da revolução) gerada devido às constantes crise agrícolas, ao atraso manufactureiro e á má política comercial, o que fez aumentar as importações e assim desequilibrar a balança comercial. Além disso, o deficit continuava a aumentar (desde Luís XIV), criando assim uma situação de insolvência e bancarrota.
Para resolver esta crise económica, Luís XVI decidiu convocar as Cortes para uma reunião. Nesta, o rei pretendia aumentar os impostos gerais e que estes fossem pagos por todos, incluindo as ordens privilegiadas, mas estas não o aceitaram. Perante esta dificuldade nos Estados Gerais, o Terceiro Estado (maioritariamente burgueses), em conjunto com os privilegiados que apoiavam as ideias iluministas, assumem-se como Assembleia Nacional Constituinte, pois decidem que podem deliberar sozinhos.
Até 1971, a Assembleia criou vários documentos liberais, entre os quais a Declaração dos Homens e do Cidadão e a Constituição de 1791 (primeira constituição francesa).  
A primeira, baseada na Declaração dos Direitos americana, tinha como ideias-base a liberdade individual, a igualdade, a soberania nacional, e os direitos naturais (tais como a propriedade, a segurança e a resistência á opressão). Para que tudo isto funcionasse, os três poderes do governo (legislativo, executivo e judicial) estavam divididos, cada um entregue a um órgão diferente e independente. A segunda, era mais moderada e estabeleceu o regime da monarquia constitucional, mas esta não durou muito com as crescentes pressões e disputas tanto internamente como exteriormente.
Em 1792, foi instaurada na França pelos revolucionários o governo da Convenção, conhecido pelo nome do Terror, onde quem não era a favor da Revolução era morto. A esta seguiu-se o governo do Directório, que pôs fim à ditadura de Robespierre. Constituída essencialmente por uma burguesia moderada, que reprimiu os excessos, liberalizou a economia e decretou o estado laico, separando o Estado e da Igreja. O governo do Consolado foi iniciado logo após um golpe de Estado por parte do Directório. Este estava entregue a três cônsules, e liderado pelo primeiro, o general Napoleão Bonaparte. A sua acção baseou-se na pacificação interna e externa, no reforço do direito de propriedade e na reforma do sistema fiscal e monetário. Assim, o regime e a vida dos franceses  foi estabilizada e a revolução chegou ao fim!!!!!

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