Caso da Holanda
Neste texto existem várias coisas que nos indicam que a Holanda vivia um regime diferente do resto da Europa, tinha um regime parlamentar. Isto deveu-se ao facto de ser a grande potência do século XVII e ao facto de ter uma burguesia muito dinâmica (também era o grupo mais numeroso e o mais dominante) o que fazia com que o país evoluísse e se desenvolvesse.
No início do texto podemos verificar que parte da população se converteu ao calvinismo (uma das religiões protestantes que se desenvolveram a partir da reforma e do cristianismo, além desta também estão o luterismo, o anglicismo e o catolicismo), isto fez com que a hegemonia cristianista/católica acabasse e passasse a haver uma maior tolerância entre a população e o Estado.
Os filhos dos burgueses iam estudar (principalmente direito) o que contribuía para o desenvolvimento do país, no entanto nunca se desligavam das actividades mercantis.
A originalidade do regime político-social da Holanda
Na opinião do historiador Huizinga, a prosperidade da Holanda não se explica pelo espírito empreendedor que concretiza o calvinismo. (…) A Holanda não fez mais do que desenvolver as actividades tradicionais, resultantes de uma mentalidade tradicional. No entanto a conversão ao calvinismo (…) contribuiu para a preponderância da classe dos “Regentes”, ou seja, da oligarquia capitalista que controlava o governo das cidades e das províncias. Os magistrados das cidades eram recrutados por escolha entre os burgueses mais ricos, em conformidade com um sistema que se generaliza desde o final da Idade Média. E as assembleias dos «Estados» da Holanda, que dominavam a política dos Estados Gerais das Províncias Unidas, eram, por sua vez, dominadas pelos representantes da cidade.
A “classe” dos Regentes, por volta de 1660, não era propriamente uma casta aristocrática, visto que os representantes das cidades continuavam a ser burgueses pelos costumes, pelas actividades e pelo ideal social. (…) Habitavam nas ruelas estreitas da velha Amesterdão, em casas que serviam de armazéns de mercadorias nas respectivas caves. Quando os filhos faziam estudos jurídicos, a vida corrente continuava a mantê-los em contacto com a burguesia mercantil. (…)
Apesar da longa guerra da independência, o elemento militar manteve-se ausente das estruturas fundamentais da Nação. (…) Só alguns pobres diabos eram tentados pelo ofício das armas (…). Essa ausência de vocação militar explica a presença de tão numerosos estrangeiros nos exércitos das Províncias Unidas. Os regimentos eram na sua maior parte constituídos por Valões e Alemães. Embora entre os oficiais se contassem numerosos nobres rurais, parte do comando era de origem estrangeira: da Alemanha, da Suíça, da França, da Inglaterra, da Escócia. A marinha, pelo contrário, era essencialmente nacional – e os almirantes provinham de todas as camadas da população. (…)
A sociedade militar agrupava-se em torno do Stathouder. Em Haia, em casa dos príncipes de Orange, havia um modesto reflexo da vida em corte. Mas era Amesterdão, com os seus 150 000 habitantes, que desempenhava o facto de papel de capital do país e a sociedade urbana mercantil era a base da civilização holandesa.
(…) A sociedade holandesa era, na primeira metade do século XVII, a mais “moderna” entre todas as sociedades europeias e antecipa a que se generalizou no século XIX.
Jean Bérenger, A Europa de 1492 a 1661, em Georges Livet e Roland Mousnier, História Geral da Europa,
vol. 2, Publicações Europa-América
Neste texto existem várias coisas que nos indicam que a Holanda vivia um regime diferente do resto da Europa, tinha um regime parlamentar. Isto deveu-se ao facto de ser a grande potência do século XVII e ao facto de ter uma burguesia muito dinâmica (também era o grupo mais numeroso e o mais dominante) o que fazia com que o país evoluísse e se desenvolvesse.
No início do texto podemos verificar que parte da população se converteu ao calvinismo (uma das religiões protestantes que se desenvolveram a partir da reforma e do cristianismo, além desta também estão o luterismo, o anglicismo e o catolicismo), isto fez com que a hegemonia cristianista/católica acabasse e passasse a haver uma maior tolerância entre a população e o Estado.
Os filhos dos burgueses iam estudar (principalmente direito) o que contribuía para o desenvolvimento do país, no entanto nunca se desligavam das actividades mercantis.
Como a Holanda era um país muito tolerante recebia muitos imigrantes de outros países, que fugiam à censura político-ideológica ou religiosa do seu país (por ex.: Descartes), estes eram, na sua grande maioria, pessoas das artes e das ciências, intelectuais que iriam depois proporcionar uma notavél avanço á Holanda. Como esta também não estava muito direccionada para a guerra e para o ofício das armas, eram estes estrangeiros que tratavam dos exércitos, contudo, a marinha era apenas controlada por holandeses pois era muito importante para eles e para o seu comércio externo.
No final, também se pode verificar que uma grande parte da população holandesa vivia nas cidades, ao contrário do que acontecia no resto da Europa.
Obrigada pelo resumo, acho que vai servir bastante para o meu teste de historia
ResponderEliminargostei muito vai ajudar no meu trabalho de história
ResponderEliminarCONCERTEZA
EliminarAgradesso muito, e o mesmo texto vai me ajudar no trabalho da história...
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