segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fascismo: Teoria e Prática

  A vida política europeia, durante as décadas de 20 e 30 do século XX, conheceu um enorme avanço dos radicalismos de direita, o que pôs em risco todas as democracias parlamentares. Entre estas novas políticas, encontra-se a teoria fascista que esteve na origem dos regimes estabelecidos em Itália, Alemanha, Península Ibérica, noutros Estados Europeus e na América Latina (colónias).
  Na URSS, a partir da ascensão de Estaline ao poder, instalou-se o estalinismo, um regime de terror que foi avançando ao longo dos anos, tendo o seu auge em 1936-38.

Após a 1ª Grande Guerra, todo a otimismo que antes distinguia a sociedade, foi trocado por pessimismo expresso principalmente na intelectualidade da classe média. Este manifestava-se no antiparlamentarismo, no irracionalismo, no nacionalismo agressivo e na defesa de soluções violentas e ditatoriais para as dificuldades criadas pela crise.
Nos países derrotados na 1ª Guerra (Alemanha) ou insatisfeitos com o seu resultado (Itália) a crise tomou formas agressivas com características patriotas. Daí, a criação de grupos de extrema-direita (com ex-militares, estudantes, desempregados e liberais) pertencentes a uma classe média progressivamente corrompida e sensível aos temas nacionais, racistas e antiliberais, explicando assim, os regimes totalitaristas como o fascismo em Itália, e o nazismo, na Alemanha.
A ajudar à consolidação da desconfiança em relação às democracias parlamentares e da incapacidade governativa, estava o avanço do comunismo na URSS e as crises económicas e sociais do pós-guerra (sobretudo depois de 1929). Isto justifica a adesão às doutrinas totalitárias por parte das classes médias, rurais e urbanas, da Igreja, das classes com posses e de certas franchas do operariado industrial.