sábado, 27 de agosto de 2011

A industrialização da economia agrícola e o capitalismo rural


A economia rural foi um dos sectores mais afectados pela industrialização, tendo dado origem a uma revolução agrícola, com grandes consequências demográficas, sociais e culturais. Esta baseou-se na sua grande maioria na mercantilização da economia, a partir da aderência dos detentores da terra ao espírito capitalista, ou seja, progressista e lucrativo, o que fez com que existisse uma maior gerência das explorações agrárias. Eles utilizaram os conhecimentos que tinham adquiridos de novo para assim conseguirem modernizar as suas práticas, os utensílios e os processos de produção, conseguindo então rentabilizar o trabalho agrícola, tendo uma maior produção e menores custos e mão-de-obra.
Primeiramente, este processo surgiu na Europa (Inglaterra e Holanda), em finais do século XVII, mas o seu máximo apenas foi alcançado no século XIX, devido a certas condições:
  • Através dos progressos científicos e técnicos foi possível aperfeiçoar os instrumentos e mecanizar o trabalho rural. Além disso, ganharam novos conhecimentos acerca dos diversos processos agrícolas utilizados, tal como a germinação, dando origem a escolas agrícolas nas quais se estudava e praticava as novas práticas dedicadas à actividade. Foi assim que apareceu a agricultura evoluída.
  •  Umas das condições essenciais à renovação agrícola foram a rapidez da comunicação e o alargamento dos transportes, porque apenas assim se conseguiu distribuir rapidamente nos mercados os produtos que, caso contrário, se estragavam a curto/médio prazo. Podemos então dizer que a revolução dos transportes foi um dos factores mais importantes, pois também fez com que muitas regiões rurais dedicassem mais tempo a culturas adequadas às suas características geoclimatéricas. Depois, o aumento da especialização agrícola tornou necessária a geração de uma rede de trocas produtivas entre as variadas zonas. Em poucas palavras, o aperfeiçoamento dos transportes foi fundamental e decisivo na construção dos mercados internos.
  • Finalmente, o crescimento do capitalismo financeiro, foi outro factor indispensável que possibilitou a existência de capitais disponíveis e instrumentos de crédito precisos para investir.
Tudo isto motivou os empresários a investirem nos campos, através, por exemplo, da compra de terras, surgindo assim o capitalismo rural.
Em resumo, todas as consequências que afectaram a economia rural, fizeram com que se auferisse uma maior rentabilização dos solos, ampliando a área cultivada, a produtividade e a quantidade de produção, reduzindo o custo dos produtos agrícolas. Isto, melhorou a alimentação da população, aumentando a sua esperança média de vida.